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Lógica Matemática

Em 2004, com Paulo Oliva, concebemos uma interpretação funcional da aritmética que, ao contrário da original devida a Gödel em 1958, não quer saber de testemunhas precisas de quantificações existenciais, mas apenas de majorantes de testemunhas. Esta interpretação sustenta uma forma geral do teorema FAN de Brouwer e, simultaneamente, o lema fraco de König. Estes princípios trivializam sob a interpretação funcional limitada (da mesma forma que o princípio de Markov trivializa sob a interpretação de Gödel). O artigo intitula-se Bounded functional interpretation (Annals of Pure and Applied Logic 135, 73-112, 2005. Doi: 10.1023/A:1004377219147). A nova interpretação difere concetualmente da interpretação monótona de Kohlenbach (que tem sido explorada, com grande sucesso, no programa de “Proof Mining”). A nossa interpretação “injeta uniformidades” que não são existem no universo dos conjuntos preservando, no entanto, proposições “reais”. Também ilumina teoricamente os fundamentos do programa do “Proof Mining”.

A formalização da matemática em sistemas aritméticos de segunda-ordem tem uma história longa e distinta. Pode dizer-se que remonta a Richard Dedekind e que foi objeto da atenção de, entre outros, Hermann Weyl, David Hilbert, Paul Bernays, Gaisi Takeuti, Solomon Feferman, Harvey Friedman e Stephen Simpson. Na década de oitenta, Samuel Buss introduziu sistemas aritméticos relacionados com classes notáveis da complexidade computacional. Em Groundwork for weak analysis (The Journal of Symbolic Logic 67, 557-578, 2002. Doi:10.2178/jsl/1190150098), eu e António M. Fernandes desenvolvemos os princípios mais básicos da análise matemática num sistema formal associado à computabilidade em tempo polinomial (um sistema fraco da análise). Um corolário interessante deste trabalho é o resultado de que a teoria dos corpos ordenados realmente fechados (de Tarski) é interpretával na teoria aritmética Q de Raphael Robinson. Por outras palavras, a álgebra e análise elementares (incluindo a geometria analítica) interpretam-se numa teoria aritmética sem indução.


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Fernando Ferreira


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