O quadro escolar

 

Ainda no século XX era possível ver, numa sala de aula portuguesa, cada um dos alunos a escrever no seu quadro de ardósia, isto é, de  uma pedra negra constituída por xisto argiloso, proveniente de lama que repousa no fundo dos mares há cerca de 500 milhões de anos.

Neste objecto, conhecido por quadro ou pedra, escrevia-se com uma barra também de ardósia, o ponteiro, sendo esta mais macia, segundo a sua constituição química, para facilitar a escrita. Para que fosse possível trabalhar continuamente com estes objectos, havia outro objecto indispensável na sala de aula:  uma esponja para limpar o quadro, depois de cheio.

 

Por sua vez a professora escrevia no seu grande quadro negro, também ele feito de ardósia, com o giz branco, feito de sulfato de cálcio.

Estes objectos continuam presentes nas salas de aula dos tempos modernos, tendo havido apenas pequena alterações, relativamente aos materiais utilizados para os fabricar. De tal modo que, embora haja uma tendência para o retirar, é possível dizer-se que o quadro negro é um símbolo que representa a escola.

 

Só mais tarde, na década de 70, as pedras abandonaram as escolas, tendo sido substituídas por cadernos  de papel de  todos os tipos e feitios. 

Este processo é paralelo à popularização dos lápis. Para a escola, é agora necessário  tincluir na mochila o estojo, com a caneta e o lápis.

 

Mas, também os materiais de escrita utilizados pelos professores se alteraram ao longo do tempo. O giz branco, usado para escrever no quadro negro, contínua a ser, ainda hoje, o material mais utilizado na escola pelos professores.  É também habitualmente usado o giz de cor para chamar a ataenção para certas determinações dos esquemas feitos ou dos textos escritos no quadro e, assim,  facilitar a aprendizagem.

Mais recentemente,  em algumas escolas surgem os novos  quadros brancos nos quais se escreve necessariamente, com canetas especificas para esse fim. Tratam-se de canetas de alcool, com secagem rápida.

Hoje, porém, é cada vez mais notória a "invasão" da escola pelas novas tecnologias. Hoje, é normal vermos, mesmo os mais novos, com um telemóvel na mão. E os estudantes universitários quase todos trabalham com um computador portátil.

Chegou a vez das escolas serem assaltadas, por novos tipos de écrans.

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