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Vestuário

Com a tomada de posse das universidades pela igreja, todos os seus elementos, doutores, mestres e alunos, passaram a ser considerados clérigos, pelo que no século XIII, foi-lhes recomendado andar fora de casa com uma capa folgada com capuz com um buraco para a cabeça.
No século XIV o traje universitário começa a adquirir forma e corte específico de cada universitário e começa a usar cores diferentes nas várias faculdades. Em Paris, Oxford e Cambridge, os estudantes de Teologia vestiam de preto, em Salamanca, Coimbra e Perpinhão, vestiam de branco. O amarelo-esverdeado ou o vermelho eram as cores usadas nas faculdades de Medicina. 
Devido a grande variedade de trajes e à ostentação por eles provocada, que por vezes levavam a gastos excessivos por parte dos alunos, as universidades começaram a criar regulamentos para o tipo de vestuário a usar, sendo muitas das vezes atribuídas multas a quem não os cumprisse.
Em 1314, em Tolose, chegou-se mesmo a regulamentar o preço do tecido da roupa interior, do capuz e da enorme capa que constituía o traje dos estudantes, a fim de evitar que estes gastassem todo o dinheiro, destinado ao seu sustento, na compra de roupa.
Numa época em que o vestuário estava fortemente ligado com a classe social, os estudantes chegavam a travar amizades com alfaiates e sapateiros a fim de obterem roupas e calçado para se poderem exibir em público.

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Olga Pombo opombo@fc.ul.pt