A professora. Já não um tipo mas um género

De facto, na passagem do século XIX para o século XX, abre-se o caminho à mulher na profissão docente.

A grande maioria dos professores passam então a ser mulheres, situação que se mantém, e acentua mesmo, na actualidade.

Ao ponto de o estereótipo do professor ser hoje uma mulher.

Como explicar esta feminilização da função docente?

Talvez porque a professora preencha um espaço de afectos e memórias que facilita a transição entre o mundo da família e o mundo exterior, transição essa que a escola tem como tarefa promover.

Assim se compreende por que razão o ensino primário tem sido (é hoje e, certamente, será sempre) o lugar por excelência da professora, isto é, que às mulheres caiba esmagadoramente a função de ensinar as primeiras letras.

Olga Pombo opombo@fc.ul.pt