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Equações de 2º Grau

 

Como surgiram?

O algoritmo que ainda hoje usamos para resolver a equação do 2ºgrau era já conhecido, com certos condicionamentos, pelos babilónicos.

Para solucionar o problema:

«adicionei a área e o lado do meu quadrado:45», que leva à resolução da equação, um escriba babilónico propôs  um método que se pode traduzir por:

toma o coeficiente x 1
divide esse coeficiente por 2 obtém 1/2
faz o quadrado obtém 1/4
junta 3/4 obtém 1
conclui que 1 é raíz
tira 1/2 obtém 1/2
a resposta é 1/2

Este processo, provavelmente inspirado em métodos geométricos, fornece, quando aplicado à equação , a raiz positiva que obtemos pela aplicação da fórmula resolvente nossa conhecida .

Quase três mil anos depois, o processo utilizado por Fibonacci para resolver uma mesma equação ainda era o usado pelo escriba babilónico!

No século XVI, todos os problemas de 2ºgrau são tratados sem recorrer à geometria. Bombelli, na sua obra, “Parte maggiore dell’Arithmetica divisa in tre libri”, publicada em 1572, classifica as equações de 2ºgrau em três tipos: 

- di potenze e tanti eguale a Número, a que corresponde ax2 + bx = c

- di tanti e Número eguale a potenza, a que corresponde bx + c = ax2

- di potenze e Número eguale a tanti, a que corresponde ax2 + c = bx

Para cada um destes tipos de equações, Bombelli indica um processo construtivo de resolução, onde a equação de 2ºgrau é reduzida a uma equação de 1ºgrau.

Utilizando a notação actual, vamos exemplificar, com a equação 2x2 +12x = 32, a aplicação do processo utilizado por Bombelli , indicando os passos dados:

2x2 + 12x = 32 x2 + 6x = 16
(x + 3)2 = x2 + 6x + 9 x2 + 6x + 9 = 16 + 9
x2 + 6x + 9 = 25 (x + 3)2 = 52
x + 3 = 5 x = 5-3 x = 2

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