Vida

 

Obra

Gravuras

Escher e a Matemática

Textos

Ligações

 

 

 

      

 

 

Divisão Regular de Superfície

 

"Esta é a fonte mais rica de inspiração, de onde eu alguma vez bebi e ela não está ainda seca. Os desenhos simétricos aqui representados, mostram como uma superfície pode ser dividida regularmente em figuras iguais, respectivamente, preenchida com elas. As figuras devem confinar umas com as outras sem que resultem «áreas livres». Os Árabes eram mestres nesta arte. Eles decoraram, em especial em Alhambra, na Espanha, paredes e pavimentos com peças de majólica coloridas e congruentes, que foram ajustadas umas às outras, de forma contínua. Que pena que a religião islâmica lhes proibisse a representação de imagens! Nos seus ornamentos com azulejos, limitaram-se sempre a figuras de formas abstracto-geométricas. Tanto quanto é do meu conhecimento, nenhum artista árabe arriscou alguma vez (ou nunca lhe; teria vindo à ideia?), usar como elemento para preenchimento de superfícies, figuras concretas, perceptíveis e existentes na Natureza, como peixes, aves, répteis e pessoas. Esta limitação é para mim tanto mais incompreensível, quanto o reconhecimento das componentes dos meus padrões é a razão do interesse que mantenho vivo neste campo."

(Escher, 1994, p.7)

 

 

· Reflexões Deslizantes

 

Cavaleiros (1946)

 

· A função das figuras como plano de fundo

 

Os nossos olhos estão orientados para a fixação de um determinado objecto. Nesse momento tudo o resto é apenas plano de fundo.

 

Ar e Água I (1938)

O Sol e a Lua (1948)

 

Dia e Noite (1938)

 

· Desenvolvimento da forma e contraste

 

Evolução I (1937)

Verbum (1942)

 

· O número infinito

 

O mesmo formato em todas as componentes não permite mais do que a reprodução de um fragmento de uma divisão regular da superfície. Quem quiser representar um número infinito, tem de reduzir gradualmente o tamanho das figuras até que alcance, pelo menos teoricamente, o limite do formato infinitamente pequeno.

 

Senda da Vida II (1958)

Cada vez mais pequeno I (1956)

 

Turbilhões (1957)

Limite Quadrado (1964)

 

Limite Circular I (1958)

Limite Circular III (1959)

 

Limite Circular IV (1960)

Peixes e Escamas (1959)

 

 

Borboletas (1950)

 

· Narrativas em imagens

 

A característica principal das seis estampas seguintes é a transição de plano para espaço e vice-versa. Pode imaginar-se uma interacção entre figuras bidimensionais, hirtas, cristalizadas, de um padrão regular e a liberdade individual de entes tridimensionais que se podem mover livremente no espaço. Por um lado, as componentes do colectivo bidimensional ganham vida no espaço. Por outro, os indivíduos livres perdem-se de novo na comunidade. Uma fileira de seres iguais, geométricos, como aparece frequentemente em estampas deste grupo, tem de ser compreendida como um único indivíduo que se encontra em movimento. É um método estático para representar um processo dinâmico.

 

Repteis (1943)

Circulação (1938)

 

Encontro (1944)

Espelho Mágico (1946)

 

Metamorfose I (1937)

Metamorfose II (1939-1940)